DA ACÇÃO DE SOPESAR COM AS MÃOS AMBAS O QUE CUMPRA À BALANÇA CONFIRMAR
Amanheci flácido e lento de ideias, hoje. Tanto, que mais ou menos a meio da tarde ainda me descobri a bocejar, com lágrimas mentirosas e esgar em correspondência, e a esticar à máxima amplitude a corda do arco dos meus braços. Por estranho que se me afigure, não alvejei, nem nos esconsos declives do pensamento, quem quer que fosse. Até à noite, porém, não me faltarão alvos e esmero na pontaria. Assim eu os tenha à disposição, por aí, onde calhar, e lhes possa acudir. A sorte deles, hoje, ou para já — repito —, é eu ter amanhecido lento e flácido de ideias, motrizes e outras com que o simples frenesim de estar vivo e lépido tenha a ver alguma coisa.
Que não me esqueça, apesar de tudo, de me humedecer a ponta e até de me empertigar, à mão, o arremesso primeiro. Não há que descurar qualquer pormenor funcional nessas manigâncias em que a flacidez, bem comportadinha, já vá conquistando o seu lugar à mesa de todos os dias. E muito inteligente será tê-la sempre debaixo de olho, não vá ela amuar e fazer birra e finca-pé.
Eduquemo-nos, portanto, não cometendo a estultícia de esbanjar em quaisquer pantanais de passagem a altivez e o brio de inquebrantável postura. Havendo com quem e com quê, tão lindo será ter vinte anos toda a vida.
Que não me esqueça, apesar de tudo, de me humedecer a ponta e até de me empertigar, à mão, o arremesso primeiro. Não há que descurar qualquer pormenor funcional nessas manigâncias em que a flacidez, bem comportadinha, já vá conquistando o seu lugar à mesa de todos os dias. E muito inteligente será tê-la sempre debaixo de olho, não vá ela amuar e fazer birra e finca-pé.
Eduquemo-nos, portanto, não cometendo a estultícia de esbanjar em quaisquer pantanais de passagem a altivez e o brio de inquebrantável postura. Havendo com quem e com quê, tão lindo será ter vinte anos toda a vida.
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