AÍ AOS NÃO SEI QUANTOS DO ANO DA GRAÇA DE MIL E UNS TANTOS QUE TAMBÉM NÃO SEI
De acordo com o que alguém (não eu) um dia fez constar nas crónicas da inventiva familiar autorizada− escritas e lidas, de boca em boca, ao longo de décadas cada vez mais mentirosas−, terei nascido em casa, a uma segunda-feira, quando ainda mal acabara de soar a primeira hora da madrugada. Nascera eu hora e meia mais cedo, e lá teria aparecido à superfície das águas no dia anterior, domingo, o que viria a redundar no mesmo, afinal, nada de nada me acrescentando, a não ser mais um dia nos algarismos da idade que hoje já me dói um tanto assumir.
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