INFRUTESCENCIALMENTE FALANDO DO QUE MUITO GOSTO DE FALAR A SÓS
Sempre que como figos, lembro-me dele, que os adorava. Mas também me lembro dele, se os não como. Como ele gostava de figos, o meu pai. Talvez porque lhe trouxessem reminiscências da infância, ainda que feia, como o são em geral as infâncias mais carenciadas de tudo o que por direito deveriam ter. Apanhava-os nos montes, quando por lá se perdia em busca de se encontrar, quem sabe. E quantas mas quantas vezes não terão sido os figos, em tempo deles, o sucedâneo directo de refeições por haver em tempo delas.
Não sei se Judas, o Iscariotes, se enforcou mesmo numa figueira. Se o fez, fosse qual fosse o motivo, ainda bem que depois disso não se nos acabaram os figos e os seus devotos, como o meu pai e o seu filho.
Não sei se Judas, o Iscariotes, se enforcou mesmo numa figueira. Se o fez, fosse qual fosse o motivo, ainda bem que depois disso não se nos acabaram os figos e os seus devotos, como o meu pai e o seu filho.
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