UNIPESSOAL E TOSCO ENSAIO DE MANIFESTO NO PLURAL
Reneguemos o silêncio, quando audível. A mudez, se voluntária, deve ser crime de morte. Procuremos engrandecer a voz humana, oral ou escrita, denunciando a mordaça, auto-imposta ou alheia, por pudor. Gritemos contra aqueles que não gritem contra nós. Gabemo-nos de exprimir o que pensamos ao dia, e à noite iluminemo-nos com o que o dia nos houver segredado como resposta. Atrevamo-nos, a nu, a ser quem somos, para que o mundo se vista à nossa imagem. E façamos lá de conta que somos felizes. Sempre será menos doloroso mentir a quem nos minta ao dizer-se tão feliz como nós.
E calemo-nos também se percebermos que já estamos a falar de mais.
E calemo-nos também se percebermos que já estamos a falar de mais.
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