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PINTOR, POETA E CANTOR, OU FAZEDOR DE COISAS LINDAS COM AS DUAS MÃOS E NÃO SÓ.

terça-feira, 16 de maio de 2006

HÁ-DE FUNDIR, VELHOTE, HÁ-DE FUNDIR

Tenho vindo a recuperar, nestes derradeiros dias, um velho hábito: o de me levantar antes do sol. Recordo-me de que na minha infância remendona o fazia, para espanto dos que lá em casa já eram. E ainda não eram de mais.
E ainda por cima acontece que também tenho recuperado, nestes mesmíssimos dias últimos, o costume de me deitar bem para lá das fronteiras do razoável. E claro que me lembro de que na minha mocidade desnorteada tal fazia, para grande pasmo e chacota dos que lá em casa ainda eram. E havendo deles demasia, no entanto, nem haveria.
Pelo andamento das obras, natural será que qualquer dia me deite após a hora de me levantar e me levante antes de me ter deitado. Não sei é se terei ocasião, então, de me recordar – são seis e quarenta e dois, atenção, o sol está a nascer – de algo parecido, lá para trás, que motive admiração nos que vão sendo lá em casa. Não sendo já todos, não sei se não haverá excesso, afinal.
Os bocejos miltiplicados (multiplicados por mil) dir-me-ão, nas próximas horas, que há em mim usos daninhos que talvez me importe mondar. Mas isso será só nas próximas horas e nas horas a seguir. O que é preciso é que algo nasça, com o novo dia e comigo, para que o trabalho funda –, como diria o meu pai.